Este relógio está localizado na entrada do Departamento de Física da Universidade de Otago, Dunedin, Nova Zelândia. Mas ele tem algo de especial, além da velhice: ele ainda funciona sem ninguém ter dado corda nele desde sua construção em 1864, por Arthur Beverly. É um dos experimentos científicos mais duradouros de todo o mundo.
Mas… Como será que ele funciona? Mágica? Força do pensamento? Energia solar? Nada disso. Ele funciona, acredite se quiser, dando corda em si mesmo utilizando apenas as mudanças na pressão atmosférica e na temperatura. Esses dois fatores fazem o ar se expandir ou contrair em uma caixa de 20 cm3, movimentando um diafragma que move o mecanismo do relógio. Para que o relógio funcione é necessária uma variação de 6 C°, que produz uma força capaz de levantar um peso de 450g por 3cm, obtendo uma energia de 11 joules.
Vale avisar que isso não é um exemplo de moto-perpétuo, pois esse tipo de máquina quebra várias leis da física.
Essa tecnologia ainda é utilizada hoje em dia nos relógios Atmos, que futuramente aparecerá detalhado neste blog.
Como nem tudo é perfeito, e o relógio nunca recebeu corda por mãos humanas, ele parou por diversas ocasiões: quando precisava de limpeza, quando ocorria uma falha mecânica, quando o departamento de Física mudava-se e a mais frequente, quando a temperatura não mudou o suficiente (porém depois que a temperatura flutua, ele volta a funcionar normalmente).